terça-feira, 3 de abril de 2012
A Morte Absoluta
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.


Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão - felizes! - num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.


Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?


Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.


Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."


Morrer mais completamente ainda,
- Sem deixar sequer esse nome.

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Prêmio Top Blog 2013

Banner

Esse papo já tá qualquer coisa

Cursos 24 Horas

Cursos On line

Cursos Online
Tecnologia do Blogger.

Indexadores

Top 10 digital

Top 10 digital

Total de visualizações de página

Eu leio este blog!

Leitura: Parada Obrigatória

Leitura: Parada Obrigatória
Lendo agora...

Online

Postagens populares

Seguidores